Alunos da rede municipal participam de palestra sobre Preconceito, Racismo, Discriminação e Bullying

Publicado por: Glícia Favacho

E.M.E.F. Leo Schinieder


     A Gestão Ambiental da BR-230/422/PA, realizou nesta quarta-feira, 19, uma ação nas escolas Brasil Novo e Leo Schinieder, município de Brasil Novo, debatendo a respeito das questões que envolvem o Preconceito, Racismo, Discriminação e Bullying nas escolas. A palestra foi ministrada aos alunos do 8º ano abordando os vários tipos de discriminação (racial, gênero, estético, orientação sexual e portadores de deficiência) e também sobre a prática do bullying.

     É importante manter um questionamento contínuo sobre nossos próprios valores e condutas diante das diferenças sociais, culturais, raciais e religiosas. Em um país que possui formação social tão diversificada é necessário compreender o contexto em que esses valores e condutas são produzidos para que nossas opiniões e atitudes não reproduzam pensamentos preconceituosos. Valorizar a liberdade de expressão e a democracia é importante para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.

     Pesquisa divulgada em 2009 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), revelou que todas as pessoas envolvidas com a escola, desde os pais até os docentes, praticam algum tipo de discriminação ou bullying. 99,3% dos alunos, pais e funcionários têm algum tipo de preconceito étnico-racial, socioeconômico, com relação a portadores de necessidades especiais, gênero, geração e orientação sexual ou territorial.

     Para a professora de língua portuguesa, Ionara Barbosa, “a escola reflete o que ocorre na sociedade. O preconceito dos alunos é reflexo da educação que recebem em casa sendo perpetuada nas escolas, que deveria ser um ambiente de debate contra a discriminação, mas que não desempenha o papel adequado. Eu mesma já sofri devido meu sotaque nordestino. O ideal é trabalhar a diversidade”.

     A professora destacou ainda que, “casos de desrespeitos não devem ser tolerados e, para tal, não bastam unicamente punições, mas um trabalho anterior de desconstrução de valores, e que começa com os próprios educadores, coordenadores e direção, por exemplo, evitando estigmatizar alunos. Discussões em sala; um local onde o aluno possa denunciar, são medidas igualmente relevantes e que podem ajudar”.