Nas obras de pavimentação da rodovia Transamazônica (BR-230/PA), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), realiza constantemente obras de recuperação de taludes – superfície inclinada de um maciço de solo ou rocha – em vários trechos da BR-230/PA. No último ano, com a conclusão do pavimento asfáltico do Lote 1 (Itupiranga/Novo Repartimento), foi dado início as atividades do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) para a reabilitação das áreas utilizadas nas obras e correção dos passivos ambientais.
Várias técnicas são utilizadas pelas construtoras para a contenção dos taludes, como a hidrossemeadura*, feita por meio da aplicação de cobertura vegetal e/ou a técnica de rip-rap* que permite maior estabilidade da área e a prevenção de processos erosivos e consequentemente desmoronamentos. Todas essas atividades são acompanhadas de perto pela equipe de Supervisão Ambiental da BR-230/422/PA, que tem como objetivo acompanhar e contribuir com os serviços das construtoras, propondo medidas preventivas, corretivas na recuperação das áreas degradadas.
Outro ponto monitorado pela equipe de Supervisão são as técnicas utilizadas pelas construtoras para certificar se os procedimentos são feitos de acordo com o tipo do solo, a inclinação e altura do talude, suscetibilidade à erosão, entre outros parâmetros. Quando observados problemas de instabilidade, a construtora realiza todos os levantamentos necessários para uma análise detalhada desse maciço, e define a melhor técnica a ser aplicada no talude. Após esses levantamentos, iniciam-se as obras de recuperação.
O Engenheiro Ambiental, Ronni Caldas, um dos responsáveis pelo acompanhamento das atividades em campo, ressalta a importância da ação na recuperação das áreas degradadas decorrentes pelas obras do empreendimento. “A equipe de supervisão ambiental realiza o acompanhamento das atividades de semeadura a lanço e hidrossemeadura, com intuito de monitorar o desenvolvimento do plantio e verificar a garantia de sucesso da atividade, em termos de cobertura e proteção de áreas de solo exposto e estabilização de cortes de taludes, aterros, áreas fontes e áreas de apoio. Sendo esta medida de extrema importância, também, para estabilização de processos erosivos e áreas sensíveis interferidas pelas obras”.
*Hidrossemeadura – procedimento de recuperação, que aplica sementes mecanicamente em taludes e saias de aterros, por sua eficiência e baixo custo.
*Rip-rap – técnica utilizada para a estabilização de taludes, com objetivo de favorecer o equilíbrio das encostas por meio do seu próprio peso.
