Neste mês de Agosto, o Programa de Educação Ambiental (PEA), executado pela Gestão Ambiental da BR-230/422/PA apresentou aos alunos da rede municipal de ensino uma palestra educativa sobre o uso de álcool na adolescência. Essa ação aconteceu em Pacajá, município localizado às margens da Transamazônica – BR-230, onde alertou sobre as desvantagens e perigos do uso precoce de bebidas alcoólicas por jovens e adolescentes.
Marcelo Caldeira, coordenador do PEA, falou sobre o que está por trás da tentativa de liberação e do incentivo da indústria para que isso ocorra. Para ele, o álcool na adolescência é um tema bastante controverso, pois a Lei brasileira proíbe a venda de bebida alcoólica a menores de 18 anos, embora muitos jovens façam uso em casa, em festas e às vezes até em ambientes públicos. “Não é de hoje que álcool e adolescência são considerados uma combinação perigosa, mas que se atraem bastante, a sociedade age de forma diferente frente a esse problema, onde por um lado condena o abuso de álcool, mas por outro aceita propagandas que estimulam o uso”, afirma.
Segundo o VI Levantamento Nacional sobre Consumo de Drogas Psicotrópicas, realizado em 2010, com estudantes de ensino fundamental e médio, revelou que 60,5% dos jovens entrevistados (em uma amostra de quase 50 mil) já usaram álcool na vida. A idade média de início do consumo de bebidas alcóolicas preocupa tanto quanto o primeiro dado: a maioria dos adolescentes começa a beber aos 12 anos de idade. Além disso, o álcool na adolescência está relacionado com acidentes de trânsito, mortes violentas, queda no desempenho escolar, dificuldade de aprendizagem e prejuízo no desenvolvimento.
“Proibir apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação com sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa”, conclui Marcelo Caldeira.
Ao final da palestra, houve a apresentação de um vídeo e a entrega de material educativo sobre o tema abordado.
