Terminada a temporada de chuvas na região Norte, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) retoma as obras de pavimentação na BR-230/PA, no trecho entre Itupiranga e Novo Repartimento. A meta é concluir o asfaltamento dos últimos 12 quilômetros do contrato da empresa TAMASA que começa no km 178,6 e vai até o km 283,6 ainda em 2020. Aproveitando a janela climática favorável a autarquia reiniciou os trabalhos de pavimentação da rodovia que já está prestes a ser finalizada. Homens e máquinas retomaram os trabalhos ávidos em completar essa obra planejada desde 2011, mas cuja anuência final, no segmento indígena, se deu a partir de 2017 com o início das obras que finalmente chegarão ao seu final este ano.
Em meio à pandemia do COVID-19, o país praticamente parou. Porém, as obras de pavimentação da Transamazônica continuaram, vistas como prioritárias pelo governo, permaneceram em andamento em ritmo acelerado visando a sua conclusão até o mês de dezembro de 2020. De acordo com o Analista de Infraestrutura de Transporte da Unidade Local do DNIT Marabá, Jairo Rabelo, as obras estão dentro do cronograma previsto, atentando para a necessidade de adaptações nos locais de trabalho em função das orientações de saúde e segurança por conta da pandemia. O uso de máscaras, o distanciamento no trabalho, a adaptação nos transportes, e reforço nas medidas de higiene, entre outros, foram implementadas visando combater a disseminação e contágio pelo Covid-19, melhorando a segurança das equipes e preocupações com as comunidades indígenas altamente vulneráveis a essa nova doença.
“Nesse primeiro semestre o desafio foi ainda maior, apesar das chuvas os serviços não pararam, mantivemos não só as obras de construção, como também as obras de manutenção da rodovia. Além disso, enfrentamos a pandemia e mantivemos os empregos dos colaboradores em respeito aos mesmos e seus familiares, seguindo as orientações dos órgãos de saúde. Demostramos também preocupação em orientar as equipes para redobrarem os cuidados em relação ao contágio com as comunidades indígenas que são um potencial grupo de risco”, enfatiza Jairo.
Devido aos longos anos em que a rodovia sem asfaltamento era de baixa trafegabilidade, a população das vilas localizadas nesses trechos não estavam educadas ou preparadas para a alta velocidade dos veículos em trechos pavimentados. Sendo assim, o DNIT tomará medidas de segurança instalando redutores de velocidade próximos às comunidades. “Vamos implantar redutores de velocidades ao longo dos trechos, nas comunidades Divinópolis e Nova Aliança, mas meu desejo é que em breve façamos a substituição desses dispositivos físicos por radares eletrônicos em toda a extensão da rodovia onde haja risco para as populações locais”, ressalta Jairo.
Outra preocupação muito grande com segurança, diz respeito à conclusão das 15 pontes ao longo deste trecho e que estão implantadas de maneira provisória, mas tornaram-se prioridade, uma vez que as pontes são essenciais após o asfaltamento de uma rodovia, devido ao alto número de acidentes que ocorrem com os usuários quando as pontes ainda são provisórias. O consórcio construtor responsável pelas obras das pontes está contratado e o cronograma já está em andamento. “As 15 pontes que são totalmente provisórias, serão construídas de forma definitiva nesse novo contrato que já está em vigor. A parte das sondagens já foi concluída e estamos agora na parte de apresentação dos projetos. A empresa vai submeter os projetos à apreciação de uma comissão e na sequência dará inicio à obra. A principio temos um cronograma licitado para 720 dias, mas isso vai depender muito da disponibilidade orçamentária, para esse ano estamos reduzidos, e talvez não conseguiremos fazer mais que 3 pontes, mas para o próximo ano daremos prioridade total para a conclusão das pontes definitivas”, finaliza Rabelo.
O empreendimento facilitará a interligação de praticamente toda região, da cidade polo de Altamira à cidade polo de Marabá, por via asfáltica. Garantirá mais segurança e conforto para os usuários de ônibus intermunicipais e de transporte de carga, reduzirá a poeira e melhorará o escoamento da produção, promovendo imensos benefícios para o setor produtivo local. A obra conta com o trabalho da Gestão Ambiental BR-230/PA na supervisão das obras e conscientização das populações lindeiras, visando minimizar os impactos ambientais negativos e colaborar para o melhor aproveitamento dos recursos naturais utilizados na obra, bem como, conscientizar a população e futuras gerações da necessidade de preservação do meio ambiente.
