Riscos de acidentes com Animais Peçonhentos nos canteiros de obras

Publicado por: Glícia Favacho

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     Os acidentes com animais peçonhentos como cobras, escorpiões e aranhas são responsáveis por 117 mil casos anuais de intoxicação no País, segundo registros do Instituto Butantan. Os animais peçonhentos procuram alimentos e abrigo em locais secos, abrigando-se sob madeiras velhas, telhas, tijolos, restos de construção, entulhos e principalmente frestas em calçadas, muros e paredes, o que aumenta a ocorrência deste tipo de acidentes entre os trabalhadores no canteiro de obras.

     Visando alertar e orientar os trabalhadores quanto aos cuidados para se evitar acidentes envolvendo animais peçonhentos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), por meio da Gestão Ambiental da BR-230/422/PA esteve no canteiro de obras da empresa Arteleste, na Vila Maracajá, para ministrar uma palestra.

     De acordo com o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Nacional de Controle de Zoonoses e Animais Peçonhentos, no Brasil entre 2003 e 2013, o número de ocorrências pulou de 75.642 para 162.234, crescimento de 114,5% e cerca de 20 mil acidentes com esses tipos de animais ocorrem nos canteiros de obras, o contato com eles pode causar graves sintomas, incapacitar trabalhadores e até mesmo provocar mortes.

     Entre os pontos abordados na palestra, destacou-se as principais espécies venenosas causadoras de acidentes, bem como os cuidados que os trabalhadores devem ter no canteiro e nas frentes de obra caso encontrem alguns desses animais. Além das medidas que devem ser tomadas nos casos de acidentes, bem como as medidas de primeiros socorros.

     A equipe da Gestão Ambiental aproveitou para reforçar a importância da utilização de epi’s e também abordar a relação destas espécies para com o ecossistema, frisando sua preservação. Essa atividade atendeu a uma demanda da própria Construtora que relatou casos de aparecimento destes animais em seus diversos canteiros de obras.